Ferdinand de Saussure há muito tempo manifestou que a
língua é um ato social, já que unificava a comunidade que
compartilhava o mesmo sistema linguístico. Então expôs que a língua
era um ato coletivo, enquanto que a fala é individual.
Essa concepção de língua homogênea que Saussure
e posteriormente Noam Chomsky demonstraram, mudou, com as
concepções de William Labov que abordou a língua como sistema
heterogêneo, pois de lá para cá, muitos fenômenos
característicos às línguas do mundo foram estudados, como a
Variação e Mudança Linguística.
Ao longo do tempo as línguas mudam, mudanças semânticas,
mórficas, fônicas, lexicais, léxico-semânticas, nota-se que essas
alterações sempre pressupõem variação da língua,
no entanto, as variações não implicam em mudanças.
As mudanças linguísticas não ocorrem do dia para a
noite, e para que elas ocorram é necessário passar por um
processo de variação. Suas causas são de fatores individuais ou
coletivos.
O termo VOCÊ sofreu
um processo de simplificação fonética, passando de vossa mercê a vosmecê, você e,
por fim,cê.
Já as variações
linguísticas são os processos pelo quais duas formas
podem ocorrer no mesmo contexto linguístico com o mesmo significado.
Isso se explica pelo fato de uma mesma língua ter diferentes nuances, como
o fato da língua portuguesa ser
falada de diferentes maneiras mesmo estando no mesmo país, estado e até na
mesma cidade.
Por mais que falamos o mesmo idioma, as variações surgem devido as
necessidades de comunicação que cada pessoa tem. Diante disso há diferentes
tipos de variação que ocorrem na língua portuguesa:
Diafásicas ou Estilísticas → Ela se
estabelecem em função do contexto de comunicação, ou seja, a ocasião é que
determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser
formal ou informal.
Diatópicas ou Regionais → São as
variações ocorridas em razão das diferenças entre regiões (países, estados, cidades).
Diastráticas ou Sociais → São
aquelas variações que ocorrem por meio da convivência entre os grupos
sociais. Como exemplo podemos citar a linguagem dos surfistas,
da classe médica, entre outros.
Fonte: Sociolinguística / Izete Lehmkuhl Coelho ... [et al.]. – Florianópolis: LLV/CCE/UFSC, 2010.
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