Quando
se fala em preconceito linguístico vem logo à cabeça que seja aquele que
acontece pelas diferenças linguísticas que existem dentro de um mesmo idioma,
mas eis que surge uma dúvida: É preconceito linguístico ou social?
De
acordo com o escritor e linguista brasileiro Marcos Bagno, o preconceito
linguístico não existe, e sim um preconceito social, e analisando os fatos,
podemos observar que essa afirmação tem muito fundamento. Pois nota-se que
temos uma ideologia que exclui quem não fala de acordo com o português padrão
do país, no entanto, isso só se aplica aos menos favorecidos.
Podemos
verificar essa alegação de Bagno ao enxergar que as regras do português padrão
não se aplicam a todos, e o que é visto como “erro” não é absoluto nem
estático, pois varia de quem e como utiliza. Geralmente a classe mais alta que
aponta os “erros” das classes menos favorecidas. Um exemplo disso foi o ex-presidente Lula, que ao se candidatar a presidência do país, uma
das principais acusações que seus adversários faziam era que um operário
sem curso superior, que não sabe falar, não saberia dirigir um país. E mesmo depois que conseguiu ser eleito esses tipos de acusações não acabaram.
Charge que demonstra o preconceito abordado acima.
Precisamos combater o preconceito linguístico por mais que seja algo be complicado. Combatendo a
discriminação, ou seja, quando esse preconceito deixa de ser apenas uma atitude
ou um modo de pensar das pessoas e se transforma em práticas sociais, com coerções e segregações da sociedade. O primeiro passo é reconhecer que ele existe e conhecer os modos
como ele se manifesta concretamente como atitudes e práticas sociais, denunciar
isso e criar modos de combatê-lo.
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